Tireoide

tireoide.png

Saúde da Tireoide

Diagnóstico e Tratamento Personalizado

A tireoide é uma glândula fundamental para o bom funcionamento do corpo, responsável por regular o metabolismo, o gasto energético, o humor, o sono e até a saúde cardiovascular.

Principais Doenças da Tireoide
Os distúrbios mais comuns que acometem essa glândula incluem:
  • Hipotireoidismo: produção insuficiente de hormônios tireoidianos, levando a sintomas como cansaço, ganho de peso, pele seca, constipação, queda de cabelo e névoa mental.
  • Hipertireoidismo: excesso de hormônios, que pode causar insônia, perda de peso, diarreia, ansiedade e taquicardia.
  • Doença de Hashimoto: causa autoimune mais comum de hipotireoidismo que pode causar sintomas em todo o corpo.
  • Nódulos tireoidianos: alterações estruturais que podem ou não comprometer a função tireoidiana.

Sobre os nódulos tireoidianos
Os nódulos na tireoide são alterações estruturais relativamente comuns — e, na maioria das vezes, benignos. Muitas pessoas convivem com eles sem qualquer alteração na função da glândula ou impacto na saúde geral. No entanto, é essencial realizar uma avaliação adequada para diferenciar entre nódulos benignos e aqueles que podem apresentar risco.

Como é feita essa avaliação?
  • Ultrassonografia da tireoide: exame de imagem essencial para avaliar o tamanho, características e padrão dos nódulos.
  • Punção aspirativa (PAAF): indicada em casos selecionados, especialmente quando o nódulo apresenta características suspeitas no ultrassom.
  • Dosagem de TSH e outros exames hormonais para avaliar a função da tireoide.
Câncer de Tireoide
Em uma minoria dos casos, o nódulo pode ser maligno. Felizmente, a maioria dos cânceres de tireoide tem bom prognóstico, especialmente quando diagnosticados precocemente.

O tipo mais comum é o carcinoma papilífero da tireoide, que costuma ter crescimento lento e alta taxa de cura. Outros tipos incluem o carcinoma folicular, medular e, mais raramente, o anaplásico.

O tratamento, quando necessário, pode incluir: Tireoidectomia total ou parcial (remoção da glândula) e, em alguns casos, iodoterapia complementar.

Mesmo após o tratamento, a maioria dos pacientes segue uma vida normal, com reposição hormonal adequada e acompanhamento periódico.

Tratamento:
T4, e em alguns casos, T3
O tratamento padrão do hipotireoidismo é feito com a reposição de levotiroxina (T4), que o organismo converte naturalmente em T3 (forma ativa do hormônio). No entanto, alguns pacientes continuam apresentando sintomas mesmo com os exames laboratoriais normalizados. Para esses casos, estudos sugerem que a combinação de T4 com T3 pode trazer benefícios, melhorando sintomas como fadiga, nevoeiro mental e alterações de humor. Uma pequena parcela dos pacientes apresenta alterações genéticas na conversão de T4 em T3 e pode se beneficiar de uma abordagem mais personalizada, com a introdução cuidadosa de T3 em doses ajustadas.

Abordagem Individualizada
Cada paciente é único. Por isso, minha conduta é sempre baseada em:
  • Avaliação clínica detalhada
  • Exames laboratoriais e, quando necessário, ultrassonografia da tireoide
  • Histórico familiar e genético
  • Resposta clínica ao tratamento

A reposição hormonal tireoidiana, especialmente quando envolve T3, deve ser feita com criterioso acompanhamento médico, para garantir segurança e eficácia a longo prazo.

Referência: Bianco AC et al. Treatment of Hypothyroidism – Who Benefits from Combination Therapy? NEJM. 2019;380:2447-2454. doi: 10.1056/NEJMra1902030

Perguntas frequentes

Quando procurar um endocrinologista?
Fique atento a sinais como:
  • Alterações inexplicadas de peso
  • Cansaço persistente
  • Queda de cabelo acentuada
  • Mudanças no ritmo intestinal
  • Aumento ou desconforto no pescoço

Esses sintomas podem estar relacionados a distúrbios da tireoide e tem de ser investigados.
Como posso ajudar?

As disfunções da tireoide estão entre os problemas de saúde que eu mais trato e, justamente por isso, adquiri experiência para fazer o diagnóstico e conduzir o tratamento clínico delas, seja por meio da reposição hormonal ou por medicamentos antitireoideanos. Também realizo Acompanhamento clínico periódico nos casos de nódulos benignos e doenças autoimunes como a tireoidite de Hashimoto.