Emagrecimento

Assista ao vídeo e descubra como emagrecer com consciência

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Tratamento da Obesidade com Base no Fenótipo do Paciente

uma abordagem diferenciada

No meu atendimento, realizo uma anamnese detalhada para identificar o fenótipo da obesidade de cada paciente. Essa classificação permite personalizar o tratamento, escolhendo a medicação e abordagem mais eficaz, com maior chance de sucesso e menor risco de efeitos colaterais desnecessários.

Os principais fenótipos da obesidade são:

Comer emocional: Quando a alimentação está ligada ao prazer ou emoção, mesmo sem fome real. 
Cérebro faminto (saciação alterada): O paciente precisa de muitas calorias para se sentir satisfeito ao comer.
Intestino faminto (saciedade reduzida): A fome retorna pouco tempo após a refeição.
Metabolismo lento: Baixo gasto energético, mesmo com alimentação controlada.

Muitos pacientes podem apresentar uma combinação desses perfis, o que exige uma abordagem ainda mais individualizada.

Referência científica: Acosta A et al. Selection of Antiobesity Medications Based on Phenotypes Enhances Weight Loss: A Pragmatic Trial in an Obesity Clinic. Obesity (2021); 29(4): 662–671. DOI: 10.1002/oby.23120
 
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Jornada da perda de peso

o que você precisa saber

Tenha em mente que emagrecer é um processo, uma jornada que exige comprometimento, dedicação, sensibilidade e conhecimento. Antes de iniciar esse caminho, é fundamental entender o que ele realmente envolve, começando pela compreensão das condições associadas ao excesso de gordura corporal.

Sobrepeso X Obesidade
Em termos práticos, a diferença entre sobrepeso e obesidade está principalmente no índice de Massa Corporal (IMC) e na composição corporal. O sobrepeso é definido por um IMC entre 25 e 29,9 kg/m², enquanto a obesidade é detectada por um IMC a partir de 30 kg/m².

Novas diretrizes sobre a obesidade
No entanto, no caso específico da obesidade, diretrizes internacionais recentes (2024), atualizaram a abordagem reconhecendo a complexidade dessa condição e a necessidade de personalizar o diagnóstico e o tratamento. Essas diretrizes deram origem a uma nova classificação:

Obesidade Clínica

Excesso de gordura corporal que já resulta em complicações de saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Nesses casos, a intervenção médica é essencial para prevenir a progressão das doenças associadas.​

​Obesidade Pré-clínica

Acúmulo de gordura corporal que ainda não causou problemas de saúde detectáveis, mas que aumenta o risco de desenvolver condições médicas no futuro. A identificação precoce permite a implementação de medidas preventivas para evitar o surgimento de doenças relacionadas

Mecanismos da Obesidade
A obesidade é um distúrbio metabólico complexo, influenciado por fatores genéticos, hormonais e ambientais. Alguns dos principais mecanismos incluem:
 
  • Desequilíbrio energético: ingestão calórica maior que o gasto energético
  • Resistência à leptina: hormônio que regula a saciedade
  • Disfunção da insulina: maior propensão ao acúmulo de gordura
  • Microbiota intestinal alterada: influencia o metabolismo e a absorção de nutrientes
  • Processos inflamatórios crônicos: que impactam no ganho de peso


Outros fatores relacionados à obesidade
Além dos mecanismos, outros fatores estão relacionados ao excesso de peso.
 
  • Distúrbios hormonais: hipotireoidismo, síndrome de Cushing e resistência à insulina
  • Genética: predisposição ao armazenamento de gordura
  • Sono inadequado: afeta hormônios reguladores do metabolismo
  • Estresse crônico: aumento do cortisol e do apetite
  • Uso de medicamentos: corticoides, antidepressivos e ansiolíticos podem contribuir para o ganho de peso


Importância do planejamento personalizado e do acompanhamento especializado em emagrecimento
Você já percebeu que a obesidade é uma condição multifatorial e que cada organismo responde de maneira diferente às estratégias de emagrecimento? Por isso, muitas pessoas que tentam emagrecer sozinhas enfrentam dificuldades. Elas investem tempo e dinheiro, se desgastam emocionalmente e, ainda assim, não alcançam os resultados desejados.

Com o acompanhamento médico especializado, é possível identificar, de forma individualizada, os fatores que dificultam a perda de peso. A partir dessa análise, é possível elaborar um planejamento personalizado, com estratégias eficazes e adaptadas à realidade biológica e ao estilo de vida de cada pessoa.
 
  • Avaliação médica completa: identifica fatores que dificultam a perda de peso
  • Dieta individualizada: ajustada às necessidades metabólicas
  • Programa de exercícios adequado: de acordo com o perfil e limitações do paciente
  • Acompanhamento de hábitos e comportamentos alimentares: para manter a adesão ao tratamento
  • Uso de medicamentos quando necessário: sempre sob supervisão médica


Agora que você tem todas as informações básicas, que tal começar essa jornada? Agende sua consulta!

Perguntas frequentes:

Emagrecimento só é possível com medicamentos?

O uso de medicamentos não é uma regra. Há pessoas que conquistam bons resultados somente com mudanças no estilo de vida e ajustes na alimentação. Outras precisam do medicamento para conseguir avançar no processo. Isso varia de pessoa para pessoa, por isso faço questão de uma avaliação minuciosa e completa. Cada paciente precisa de um tratamento específico e personalizado.

​Medicamentos para emagrecer são seguros?
Sim, desde que sejam usados com acompanhamento médico.
O tratamento medicamentoso da obesidade evoluiu muito nos últimos anos, e hoje contamos com opções mais eficazes e seguras. No entanto, a automedicação não é indicada — usar medicamentos sem orientação pode trazer riscos à saúde e mascarar problemas mais graves.
Por isso, é essencial que o uso de remédios para emagrecer seja prescrito e acompanhado por um médico endocrinologista, que avalia o perfil clínico e metabólico de cada paciente para escolher a melhor opção, com menos efeitos colaterais e maior chance de sucesso.
Quais medicamentos você inclui no seu tratamento?
 Quando o uso de medicamentos é necessário, a prescrição é feita a partir das necessidades específicas do paciente. Algumas opções incluem:
  • Inibidores de apetite: ajudam na redução da fome
  • Análogos do GLP-1: regulam a saciedade e o metabolismo
  • Bloqueadores da absorção de gordura: reduzem a quantidade de lipídeos absorvidos
Usar remédio para emagrecer e depois engordar tudo de novo. Isso acontece?

O reganho de peso pode acontecer independente da forma como a pessoa emagreceu: com dieta, exercício, medicação ou até cirurgia bariátrica. Isso acontece porque o corpo tenta voltar ao peso anterior, um fenômeno conhecido como "memória metabólica", causado por muitos fatores e respostas hormonais fisiológicas.
Por isso, o mais importante não é apenas perder peso, mas manter o acompanhamento contínuo, adotar mudanças sustentáveis no estilo de vida e, quando necessário, manter o uso de medicamentos por um tempo mais prolongado, sempre com supervisão médica.
Os remédios não são uma solução mágica, mas uma ferramenta importante no controle da obesidade crônica, ajudando a manter os resultados no longo prazo quando fazem parte de um tratamento bem estruturado.